Histórico do Município de Lontra
O município de Lontra localiza-se no norte de Minas Gerais, e de acordo com a Agência de Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE – pertence à micro região de Montes Claros e faz parte do polígono da Seca e está inserido na comunidade solidária. Esta localizada na bacia Hidrográfica do Alto médio São Francisco e fisiográfica de Montes Claros. O município faz limite ao norte com Pedras de Maria da Cruz; ao sul com Japonvar; ao sudeste com Brasília de Minas; a leste com São João da Ponte; a oeste com São Francisco e a nordeste com Varzelândia.
Lontra tem uma população urbana estimada pelo IBGE no ano de 2010 de 8.507 habitantes no último censo. A População estimada em 2017 era de 9.044 habitantes, o município tem uma extensão territorial de 257 km2, tem uma temperatura média anual de 28,0ºc, esta a 760 metros acima do nível do mar. O clima é predominantemente tropical com transição para o semi-árido.
O processo de ocupação e povoamento da Região teve seus primeiros passos a partir de 1553 nas primeiras incursões ao interior do país através das Bandeiras Baianas. O território que hoje é o Norte de Minas foi palco das primeiras incursões ao interior do país. As expedições de Expinosa-Navarro,em 1553, partindo de Porto Seguro (BA) percorreram toda a região, chegando até o Rio São Francisco de onde retornou.
No entanto foi durante a segunda metade do Séc. XVII que ocorreu uma efetiva ocupação através das bandeiras paulistas que fundaram as primeiras povoações na região e da extensiva criação do gado ao longo do Rio São Francisco. Apesar dessa precoce presença do português, a ocupação efetiva da região só se deu na segunda metade do século XVII, quando aqui se encontraram as correntes de povoamento vindas pelo norte, fruto da expansão dos currais de gado ao longo do Rio São Francisco e, pelo sul, das bandeiras paulistas.
O município de Lontra localiza-se a margem direita do Rio São Francisco. “Essa área no Período Colonial pertencia a Capitania da Bahia e eram habitadas pelos índios Tapuias, enquanto a margem esquerda do rio pertencia a Capitania de Pernambuco e era habitada pelos Caipós”. Lontra iniciou-se seu processo de povoamento as margens da Lagoa do município por volta do ano de 1920.
O local contém um manancial de águas pura e cristalina que proporcionava um excelente local de descanso aos tropeiros e viajantes que legitimava a rota comercial entre as cidades de Januária a Montes Claros e outras regiões circunvizinhas.
A origem do nome do município ocorreu em virtude da existência do animal chamado “Lontra” um mamífero da classe (Lutrinae) pertencente à ordem carnívora e a família dos mustelídeos. Atualmente esta na lista de animais ameaçados de extinção devido à caça predatória ao longo do tempo. Este animal habitava na Lagoa do município e em córregos vizinhos.
O processo de povoamento do município esta ligada à questão religiosa que é marcante no município. Conforme certidão lavrada pelo Juiz de Direito da comarca de São Francisco, no dia 27 de maio de 1928 o fazendeiro Venâncio Aquino doou para a ordem de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro o equivalente a 10 alqueires de Terras destinados à formação do povoado e ainda hoje a maioria das terras do município pertence a esta ordem religiosa. Os primeiros moradores foram: Agostinho Manuel Gusmão, Zeferino Antunes, Dona Celestina, Dona Cândida, Valdemar Porcino, Manoel Capivara, Joaquim Elesbão, Januário Veloso, Vicente Rodrigues, Martinho Berto, Mario Gandra, Pedro Barrocão Jose Pereira de Souza, Venâncio Aquino, Luiz Porto, Marcionilio Dias, Maria Pinto, Veríssimo Antunes e Sebastião Taiada. Maioria homenageada com nomes de Ruas e Praças. Neste Período, Lontra foi elevada à condição de vila do Distrito de Santo Antonio da Boa Vista subordinado ao município de Santana de Contendas, atual Brasília de Minas. Com a emancipação de São João da Ponte instituída pelo Decreto-Lei-Estadual nº. 1.058 de dezembro de 1943 . Lontra foi elevada à condição de distrito tendo o povoado de Umbuzeiro pertence a sua jurisdição. Enquanto distrito do município de São João da Ponte, Lontra elegeu como representantes na Câmara Municipal daquele município os seguintes nomes: Ildeu dos Reis Pinto PDS antiga Arena, (1983-1988); Isupério Ribeiro Mendes PMDB (1988-1992); Normindo dos Santos PMDB (1988-1992) e João Rodrigues Neto PMDB (1988-1992) . No dia 27 de Abril de 1992, ocorreu a emancipação política através do Decreto-Lei nº. 10.740. . Nos quatro primeiros meses, teve como Prefeito intendente o Professor Vandevaldo Pinheiro Vieira.
E através de Eleições Diretas em Outubro de 1992, começa o processo de Representação Política do Executivo em nosso município. Neste período foi eleito o primeiro Prefeito, o Senhor Ildeu dos Reis Pinto (1993-1996), o segundo foi Evando Gonçalves (1997-2000), “neste período foi considerado o mais novo prefeito do Brasil eleito aos 23 anos de idade”; o terceiro foi João Rodrigues Neto (2001-2004) o quarto Ildeu dos Reis Pinto (2005-2008), o quinto Ildeu dos Reis Pinto (2009-2012), o sexto Evando Gonçalves (2013-2016), o sétimo Dernival Mendes dos Reis (2017-2020). A economia do município sempre foi baseada nas atividades agropecuárias e extrativistas. Após a emancipação política administrativa, o comércio e as prestações de serviços vêm se tornando principal atividade econômica. A estrutura fundiária de Lontra e caracterizada por pequenas e médias propriedades rurais, totalizando 95% e somente 5% possui status de propriedade grande. “Nas atividades agrícolas sobressai a agricultura de subsistência predominando as culturas de arroz, milho, feijão, mandioca, cana-de-açúcar, frutas e verduras de fácil adaptação climática local. No extrativismo o pequi e um produto de suma importância para economia local. O pequizeiro foi considerado a arvore símbolo de Minas Gerais em pesquisa recente realizada no Estado, o clima e o solo do município de Lontra dão condições favoráveis ao cultivo do produto que gera renda para o município durante uma determinada época do ano. Entre outros destaca se a extração da “Favela”, ou Fava Danta usada para fins farmacêuticos; o buritizeiro espécie típica do cerrado usado para fazerem doces; o umbu e a pana. A pecuária do município é destinada produção leiteira e rebanho de corte. O leite é o principal produto que e é usado para fabricação artesanal de queijo e requeijões que são vendidos em varias regiões do Estado e principalmente em São Paulo.
Visando melhorias na região, várias instituições governamentais têm trabalhado a fim de prestar serviços de assistência técnica e planejamento monitoramento ambiental, projetos agrícolas financiamentos e saúde da população:
A Receita Tributaria Municipal Própria é a base de sustentação administrativa do município, são elas: IPTU, ISSQN, ITBI, ICMS, FPM, IR e o IPI. Em Lontra, assim como na maioria dos pequenos municípios, essas receitas são insuficientes para as despesas com os serviços básicos de saúde, transporte, educação e obras públicas, segundo dados TCU (Tribunal de Contas da União).
Fonte: http://dicionario.sensagent.com/HISTORICO%20DO%20MUNICIPIO%20DE%20LONTRA/pt-pt/
www.cidade-brasil.com.br/municipio-lontra.html” ADAPTADO E ACESSADO EM 18 DE JULHO DE 2019, POR: FSM
O município de Lontra foi desmembrado de São João da Ponte e emancipado em 1992. Atualmente Lontra conta com 18 comunidades na área rural e 08 bairros na área urbana.
Comunidades | População |
Novo Horizonte | 378 |
Brejão | 47 |
Buritizinho | 214 |
Barreirinho | 276 |
Extrema 1 e Extrema 2 | 134 |
Flores | 32 |
Gangorra | 30 |
Lagoa | 95 |
Palmital | 353 |
Roçadinho | 95 |
Santo Antônio | 108 |
São José | 80 |
Sussuapara | 114 |
Tabocas | 87 |
Tauá | 228 |
Vila União | 462 |
Distrito de umbuzeiro | 705 |
Bairros | População |
Centro | 4026 |
Alto São João | 628 |
Lagoa | 669 |
São Judas | 229 |
Quixaba | 170 |
São Luiz | 123 |
Cidade Nova | 480 |
Flores | 1550 |
Fonte: Secretaria Municipal de Saúde de Lontra |